UMA MENSAGEM PARA A SEGUNDA GERAÇÃO

10 de agosto de 2017

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Então, testificarás perante o Senhor, teu Deus, e dirás: Arameu prestes a perecer foi meu pai, e desceu ao Egito, e ali viveu como estrangeiro com pouca gente; e ali veio a ser nação grande, forte e numerosa. Mas os egípcios nos maltrataram, e afligiram, e nos impuseram dura servidão. Clamamos ao Senhor, Deus de nossos pais, e o Senhor ouviu a nossa voz e atentou para nossa angústia, para o nosso trabalho e para a nossa opressão; e o Senhor nos tirou do Egito com poderosa mão, e com braço estendido, e com grande espanto, e com sinais, e com milagres; e nos trouxe a este lugar e nos deu esta terra, terra que mana leite e mel. Eis que agora trago as primícias dos frutos da terra que tu, ó Senhor, me deste.

Deuteronômio 26.5-10a

 

 

O conteúdo do Livro de Deuteronômio, primeiramente foi declarado e estabelecido para os filhos da geração que foi livre da Escravidão do Egito, pelo poder de Deus, usando seu servo Moisés. No meio de muitos discursos, Moisés busca atentar está Segunda Geração, para que a mesma não cometa os mesmos pecados dos pais, pecados esses que os impediram de herdar a Terra Prometida aos seus antepassados. A segunda geração, e posteriormente os servos do Senhor, são instruídos a terem um coração grato, uma fé firme nas promessas, e uma obediência amorosa e voluntária a Deus.

 

Neste relato instrutivo, Moisés, sobre a direção do Espirito Santo de Deus, faz um contraste entra a nação de Israel com seu antepassado Jacó. Jacó é o terceiro na linhagem de patriarcas da nação de Israel. Para Jacó foram feitas as mesmas promessas dirigidas a seu pai, Isaque, e seu avô, Abraão, onde Deus, através de sua descendência, abençoaria todas as nações da terra, e que ele e seu povo seriam herdeiros de uma terra próspera e abençoada, sendo servos exclusivos de Deus.

Hoje, a humanidade perdida de Deus pode ser também facilmente contrastada com Jacó e Israel. Sem Deus, seguimos como Jacó, arameus peregrinos sem destino. Perdidos e corrompidos nos nossos pecados estamos todos mortos. Andamos conforme o curso deste mundo maligno, somos escravos como Israel, escravos da corrupção da nossa natureza e do poder manipulador do Diabo, enganados por suas mentiras e sofismas. Assim como Deus tinha sido benevolente com Jacó, fazendo-o prosperar de um arameu peregrino sem eira e nem beira, para um grande líder familiar, precisamos ser abençoados por Deus para sairmos da nossa miséria existencial. Do mesmo modo como Deus abençoou os israelitas tirando-os do opróbrio da escravidão, para liberdade e grandeza de uma nação poderosa, precisamos ser libertos por Jesus da nossa escravidão ao pecado.

Deus no passado se revelou aos patriarcas, e depois a Israel através do seu servo Moisés e os profetas. Porém nos últimos dias, Deus se revelou plenamente no Filho, Jesus, a quem constituiu Senhor e Rei nos céus e na terra. Jesus é o descendente prometido a Abraão, Isaque e a Jacó. Só em Jesus as nações são abençoadas, pois só Nele podem ser perdoadas e limpas de seus pecados, sendo com Ele, co-herdeiras da terra prometida. O autor de Hebreus no capítulo 11, nos versos de 8 a 16, nos esclarece que as bênçãos prometidas aos patriarcas eram sombras de uma realidade muito superior, e que a terra de Canaã, conhecida como a terra prometida era um mero fragmento do que nos espera.

O primeiro passo para buscarmos a Cristo e a Real riqueza que Ele nos tem proposto, é o arrependimento e reconhecimento de todas as nossas carências. Tão logo reconheçamos isso, busquemos a Salvação gratuita na obediência e morte de Jesus. Busquemos o gratuito Novo Nascimento, lavando-nos no Sangue do Cordeiro e no Soprar de Vida do Espírito Santo, para que recuperemos a imagem e a semelhança do Pai que perdemos em Adão. Devemos perseverar na fé em Jesus, vivendo em santidade, confiança e esperança na Ressureição dos mortos, certos da glorificação de toda a nossa natureza, alcançando a plenitude da comunhão com Deus e com seus servos no Novo Céu e Nova Terra.

 

 

Eis que agora trago as primícias dos frutos da terra que tu, ó Senhor, me deste. – Estamos diante de um ponto interessante da narrativa, pois os Israelitas deveriam trazer as primícias da terra quando tomassem posse do local. Se ao lermos os relatos de Êxodo, Números, Deuteronômio, Josué e tantas outras passagens bíblicas, observaremos que sem a ação de Deus, Israel nunca seria a nação que veio a ser. Primeiro, que se não fosse Deus, nunca se libertariam da opressão do Egito, e Segundo, nunca venceriam as nações da terra de Canaã, pois eles eram mais fortes e poderosos fisicamente que os Israelitas. Sempre foi Deus. Sempre foi seu poder miraculoso e seus prodígios que permitiam a nação prevalecer.

Nesse ponto a humanidade tem tropeçado, pois sem a ação efetiva de Jesus por cada um de nós, não podemos ser libertos do pecado por esforço próprio, pois Sem Jesus, não somos aptos a ter atitudes que satisfaçam plenamente o Deus Eterno.

Sem Jesus não podemos mudar o nosso caráter. Sem Jesus não podemos ser obedientes. Sem Jesus não podemos deixar de pecar. Sem Jesus não temos com quitar as nossas falhas. Sem Jesus não podemos fazer nada.

Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado (ou seja, estão sobe o poder e autoridade do pecado, para satisfazer as suas vontades); como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, á uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. Romanos 3.9-12

 

Assim como os Israelitas em breve trariam frutos da terra que Deus os capacitou a conquistar, em Jesus somos também chamados a comparecer na presença de Deus trazendo os frutos da sua obra salvadora.

Jesus mesmo declara: ”Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o Agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira verdadeira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. ” João 15.1-5

Paulo também declara: Pois somos criação de Deus, realizada em Cristo Jesus para vivermos em boas obras, as quais Deus preparou no passado para que nós as praticássemos hoje. Efésios 2.10

 

Não praticamos boas obras para sermos salvos, precisamos ser salvos, recriados em Cristo, para que possamos engradecer e enaltecer a Deus, abençoado a todos com as obras do seu poder. Primeiro vem a salvação de graça conquistada por Jesus, e nunca o contrário.

 

 

 

Existe uma última observação que gostaria de expor, e essa observação está no fato desta instrução de Moisés, ser destinada a uma Geração Posterior. Uma Segunda Geração.

A história Bíblica está cheia de gerações, e nessas gerações estão presentes vários tipos de postura diante de Deus. Existem os fiéis e os infiéis, os santos e os profanos, os obedientes e os rebeldes, os de muita fé e os de fé nenhuma, os respeitosos e os desrespeitosos, e por aí vai. No meio de tantos contrastes, a vontade de Deus tem se cumprido na face da terra.

Em breve, com o retorno de Jesus Cristo, a plenitude dos tempos chegará, e o mundo como o conhecemos deixará de existir. Chegará uma nova era, a Era do Eterno Reinado de Cristo. Quando Jesus voltar, Ele dará a todas as gerações fieis e submissas a Deus, o direito de tomar parte nessa nova ordem. Para as gerações incrédulas e infiéis, Ele dará o desprezo e julgamento com a punição Eterna.

 

Nos resta saber, de qual e que tipo de geração nós somos?

Somos a geração dos que acreditam em Deus, no Filho e na obra de redenção, ou somos daqueles que não acreditam?

Somos a geração que persevera na fé verdadeira em Jesus, ou somos a geração que entrega os pontos?

Somos a geração de Nascidos de Novo em Cristo, ou somos a geração que permanece morta e corrompida em Adão?

Somos a geração que odeia o pecado por amor a Cristo, ou somos a geração que aplaude e aprova o pecado em clara rebeldia a Deus?

Somos a geração que se arrepende e muda no poder do Espírito Santo, ou somos a geração que não tem do que se arrepender?

Somos a geração que se submete a Deus e ao seu Filho, ou somos a geração que se levanta contra o Messias de Deus?

 

A partir do capítulo 28 de Deuteronômio, Moisés profetiza um afastamento e infidelidade  dos futuros israelitas contra Deus. Através de uma maldição, Moisés expos um novo cativeiro, a semelhança das gerações passadas. Tudo isso provocado por desobediência a lei, ingratidão e falta de Fé para com Senhor Deus.

 

Estamos hoje igualmente a Segunda Geração. Se olharmos para trás, veremos que antes de nós, “pais, mães, avós, bisavós e tataravós, ” não tinham temor a Deus, ou se tinham, no curso da vida abandonaram o primeiro amor. De semelhante modo, se olharmos para frente, vamos ver que “irmãos, filhos, netos, bisnetos e tataranetos” estão  abandonado a fé em Jesus, ou nunca darão atenção a ela.

 

O que Moisés nos ensina, e nos questiona com esta instrução, é que tipo de atitude temos hoje para com Deus diante de realidades anteriores e posteriores de infidelidade?

 

Conheço várias pessoas que hoje não querem saber de Jesus, porque um tal pastor era corrupto, e outro era safado, e outro mulherengo, e outro era amante do dinheiro. Existem também aqueles que por causa do mal testemunho de parentes, amigos e colegas de trabalho  não querem saber do evangelho.

Meu caro leitor, se esse é seu caso, digo para você, que caso os fulanos e beltranos não se arrependam de suas atitudes, mais severo castigo está reservado para aqueles que ferem os pés do Filho de Deus com sua desobediência, profanando o sangue da aliança, que era para a santificação dos mesmos. Terrível juízo é o que espera os que assim agem.

Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O senhor Julgará seu o seu Povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo. Hebreus 10.30-31

 

Jesus também ensina sobre esse julgamento futuro, que começa pelos que se dizem crentes: Nem todo o que me diz Senhor, Senhor! Entrará nos Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos Céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade. Mateus 7.21-23

 

 

Mas, e nós? Podemos realmente achar que a infidelidade dos que se dizem crentes e cristãos vão absolver nossas culpas e pecados? De modo nenhum.

Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, e tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, e eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te arguirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos: Ouvi, pois, isto, vós que vos esqueceis de Deus; para que eu vos não faça em pedaços, sem haver quem vos livre. Aquele que oferece o sacrifício de louvor me glorificará; e àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus. Salmos 50:16-2

 

 

Ainda que muitos homens sejam infiéis, existem milhares de homens fiéis a Deus. Deus os tem sustentado e eles tem perseverado em Cristo. Nosso exemplo maior.

Ainda que não houvesse nenhum servo fiel, Deus permanece fiel a sua promessa. E se todos rejeitassem a salvação de Jesus e seu Reino, o que não é uma realidade, mas se assim fosse, o julgamento de Deus se cumpriria do mesmo jeito, e todos seriam lançados no inferno.

Mas retifico, ainda que existam os falsos cristãos, Deus tem levantado homens e mulheres verdadeiramente servos e verdadeiros herdeiros das bênçãos presentes e vindouras.

 

Pergunto?

Diante de tão grande salvação, pretendemos continuar perdidos?

Diante de promessas de vida plena, pretendemos somente continuar a subsistir?

Diante da Liberdade do pecado, pretendemos ficar acorrentados?

Diante da possibilidade de nascermos  de novo, preferimos  morrer?

Diante da possibilidade de sermos  filhos de Deus, preferimos ser filhos do Diabo?

Diante da possibilidade de sermos perdoados por Deus, preferimos ser inimigos?

Diante da possibilidade de vivermos a verdade do Evangelho, preferimos permanecer em desculpas às custas dos que vivem um cristianismo mentiroso?

 

Querido leitor, me desculpe se minhas palavras soaram um tanto duras, mas a volta de Jesus se aproxima, e caso nos mantenhamos com essa postura de desprezo a riqueza da bondade, tolerância e longanimidade de Deus, já somos os mais infelizes dos homens. Pois do que vale a vida se perdemos nossa alma?

A primeira geração morreu no deserto as portas da Terra Prometida. A segunda Geração entrou na terra, mas só  os que se mantiveram firmes, confiantes e submissos a Deus, usufruíram da benção simbólica, e em breve, ressuscitarão para usufruir a realidade. Gerações posteriores, foram expulsas e desapossadas da benção, morreram sem desfrute, e ressuscitarão somente para vergonha e desespero eterno.

 

Que tipo de Geração é Você? A que escolheu perecer quando podia ter vencido? A que experimenta por pouco tempo a vitória, mas joga tudo fora depois? Ou a que permanece na vitória para sempre?

 

Deus te ama querido leitor!!!!

Isso é tão verdade, que Ele deu o Seu Filho perfeito para que você pudesse ser salvo e livre Nele.

Não endureça seus ouvidos. Não fique firme num orgulho que só vai te levar para ruína. Não seja como as gerações anteriores que não se arrependeram, e não seja como as futuras gerações que continuarão rebeldes. Seja uma Segunda Geração que tem primícias de bons frutos para oferecer a Deus e ao mundo. Abra seu coração para a mensagem do Evangelho e seja salvo pelo amor de Deus em Cristo Jesus.

 

Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. 2 Pedro 3.9

Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho Unigênito ao mundo, para vivermos por meio d’Ele. Nisto consiste o amor: Não em que nós tenhamos amado a Deus, mas que Ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 1 João 4. 9-10

O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a Água da Vida. Apocalipse 22.17   

 

Daniel de Oliveira Marques. Apenas servo sou, apenas servo e nada mais.

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