Vamos ser mais justos?

8 de janeiro de 2016

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cats

Dia desses recebi em minha timeline do facebook um vídeo, postado por um amigo cristão, onde uma criança de uns dois ou três anos era induzida a ingerir algo que aparentava ser bebida alcoólica e a dar tragos em um cigarro. A legenda da postagem deixava claro que os responsáveis pelo menor eram um casal homossexual…

Penso que o fato de a criança ser exposta a esse tipo de agressão  já seria o suficiente para resultar em indignação por parte dos telespectadores, mas algo para além da primeira intenção aparente grita a plenos pulmões: “É isso que dá, permitirem que casais gays adotem uma criança! ”.

Não vou entrar aqui no mérito cristão em relação a esse tipo de adoção, pois os gays também pagam impostos, votam, compram  e vendem, tem deveres e direitos. Ou seja; são cidadãos. E quem concedeu esse direito a eles foi o governo, na forma da Lei, para que sustentem uma criança abandonada, em tese, por um casal heterossexual; enfim…

O que me chama a atenção é a sutileza com a qual nós, cristãos, vamos inserindo mensagens de forma sutil, de uma forma até mesmo desonesta, querendo fazer com que outros concordem com nossa visão cristã de Cosmo, embora digamos que Política e Religião não se misturam.

Posso ser crucificado pela forma com a qual penso e creio, mas tenho plena convicção que a nossa luta não é contra carne ou sangue. Nossa luta não é contra umbandistas, católicos, ateus, políticos, governos e muito menos contra homossexuais! Todas as pessoas, independente de credo, cor, nível social, origem, educação são dignas do amor de Deus. Tão dignas quanto eu e você; pobres pecadores.

Observe que muitas vezes nos comportamos como os Fariseus, tão criticados por Jesus. Se você defender uma adúltera, entrar para jantar na casa de um político corrupto ou se tornar amigo de uma prostituta, qual será a reação daqueles que congregam contigo em sua igreja? Seja sincero.

Não estou, de forma alguma, dando respaldo a atitude dos pais adotivos dos meninos; mas tenho um mínimo de capacidade de interpretação textual e notei que a revolta maior era pela adoção e não simplesmente pelo mal ao qual a criança estava sendo exposta. Como se pais e mães heterossexuais não cometessem absurdos contra seus filhotinhos; Está aí Isabella Nardoni que não me deixa mentir.

Critique um casal gay que comete algum crime com a mesma medida que irá criticar um criminoso casal hetero. Não seja injusto; não use de um peso e duas medidas. Um crime é um crime, independente do que o criminoso faz com seu órgão sexual.

Vamos clamar, sim, por justiça, mas sendo justos primeiramente com nosso próximo. Lembrando-se que a mesma medida que usamos para julgar os outros, será usada para nos julgar.

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